terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

CACEHC participou do desfile de 7 de setembro de 2011



O CACEHC foi um dos atrativos do Espaço Educativo "Dinâmica da Terra" durante a 13ª Feira de Ciencias do HC

ESPAÇO EDUCATIVO "DINÂMICA DA TERRA"

O espaço começou a ser pensado a partir do interesse e do compromisso dos próprios alunos, o material já produzido no antigo "Viva a Escola", foi ampliado e melhorado e assim, constitui-se diversas práticas que oferecem suporte para entender a dinâmica do nosso planeta. A proposta foi pensada para suprir a carência de atividades mais práticas, que estimulem os alunos na busca pelo conhecimento científico, para que tenham motivos para ir à escola, que tenham dúvidas para serem sanadas, pois ao buscar o novo, surgem inquietações.




















CRATERA DE METEORITO EM VISTA ALEGRE, MUNICÍPIO DE CORONEL VIVIDA/PR

Cratera descoberta por docente do IG
é tombada pelo patrimônio histórico

Alvaro Crósta e alunos constataram que a depressão
circular situada no PR foi formada por choque de meteorito

A cratera de impacto meteorítico de Vista Alegre, descoberta em 2004 pelo professor Alvaro Crósta e seus alunos do Instituto de Geociências (IG) da Unicamp, passou a integrar o patrimônio histórico do estado do Paraná. A cerimônia de tombamento ocorreu às vésperas do último Natal, no município de Coronel Vivida, onde está localizada a cratera. Na mesma ocasião, os Correios lançaram um selo comemorativo trazendo a imagem de satélite da cratera marcada por uma depressão circular com 9,5 quilômetros de diâmetro.
A área tombada tem cerca de 10 mil metros quadrados e contém uma pedreira onde estão expostas as rochas formadas pelo impacto do meteorito, na entrada do bairro Vista Alegre. Há também o projeto de um mirante, a ser construído em uma região elevada da borda da cratera, que permitirá ao visitante observar toda a circunferência. A área total da cratera é enorme e é utilizada principalmente para cultivo de grãos; são terras bastante valorizadas devido à topografia mais favorável do interior da estrutura, esclarece Alvaro Crósta.
A cratera de Vista Alegre já havia sido transformada em sítio geológico para fins de turismo e divulgação científica em 2006, com o reconhecimento da Mineropar – empresa que regula as ações de geologia e recursos minerais no Paraná. Quando Crósta e seus alunos viajaram até a região e constataram que a depressão circular havia sido formada por choque de meteorito, os moradores custaram a acreditar. As crateras de impacto meteorítico representam eventos catastróficos de enormes proporções, que mexem com o imaginário das pessoas. Meus alunos têm feito palestras nas escolas do município de Coronel Vivida, utilizando a cratera como tema. Além de prosseguirmos com o trabalho científico, outro dos nossos objetivos é criar uma ponte entre ciência e cultura, aproveitando os elementos locais.
Segundo o professor, crateras de impacto não são comuns na Terra, ao contrário do que ocorre em outros corpos planetários sólidos como na Lua ou em Marte. O motivo é que, com o decorrer do tempo geológico, as crateras vão sendo obliteradas por fenômenos de erosão, sedimentação e movimentos de placas tectônicas. O planeta já sobreviveu a inúmeros impactos, mas o homem moderno não testemunhou nenhum, já que a probabilidade de uma ocorrência deste porte é de uma a cada milhão de anos, felizmente. Portanto, trabalhamos apenas as evidências indiretas de eventos de impacto contra nosso planeta.
Um dos objetivos científicos dos estudos feitos pelo grupo de Alvaro Crósta é estabelecer a idade da cratera de Vista Alegre, e também de outras crateras meteoríticas brasileiras. Estamos estabelecendo parcerias com dois grupos de pesquisa da Alemanha e da Áustria, os mais avançados no estudo de crateras. Em maio, estaremos visitando junto com eles as crateras de Serra da Cangalha e Riachão, nos estados de Tocantins e Maranhão, e em julho Vista Alegre e Vargeão, contando com a larga experiência desses pesquisadores para avançarmos no estabelecimento das idades dessas crateras.
No caso de Vista Alegre, quando o corpo celeste se chocou na superfície, as rochas eram os basaltos do período Cretáceo, pertencentes à unidade geológica Formação Serra Geral. Trata-se de rochas vulcânicas de cor cinza escura, popularmente conhecidas como “pedra-ferro”, originadas quando o continente sul-americano começou a se separar do continente africano. A dedução é que o impacto ocorreu depois da consolidação destas lavas, que têm pouco mais de 130 milhões de anos.
Nas escolas da cidade de Coronel Vivida e aos visitantes da cratera de Vista Alegre, é distribuído um folheto em três versões (português, espanhol e inglês), elaborado pelo professor Alvaro Crósta e por alunos do Instituto de Geociências e produzido pela Mineropar. O folheto explica que asteróides viajam pelo espaço a velocidades de 4.000 a 26.000 km/h e, por isso, a energia liberada pelo impacto tem proporções colossais. Estima-se que para formar aquela cratera, a energia foi equivalente a 250 mil bombas iguais à que destruiu a cidade de Hiroshima. As imagens dos satélites mostram uma depressão circular, com diâmetro de 9,5 km, circundada por serras que correspondem às bordas da cratera.
Além da profunda deformação das rochas basálticas existentes no local, outro efeito do impacto foi a elevação do fundo da cratera, de modo semelhante ao que ocorre quando uma pedra cai sobre a água. Este fenômeno provocou a ascensão de camadas de arenitos da Formação Botucatu, que estavam a centenas de metros de profundidade. Fragmentos desses arenitos, de cor esbranquiçada, ainda podem ser encontrados em alguns pontos dentro da cratera.
O folheto segue explicando que tanto as rochas como o corpo celeste foram instantaneamente fragmentados, pulverizados e fundidos com a colisão. A maior parte da nuvem de detritos se espalhou em torno da cratera e uma parte menor depositou-se no fundo, formando um novo tipo de rocha chamada de “brecha de impacto”. São as brechas preservadas da erosão que estão na pequena pedreira tombada e que serviram como principais fontes de informação para se determinar a origem e como se formou a cratera de Vista Alegre.
Até hoje, 174 crateras foram descobertas na Terra, sendo apenas cinco no Brasil: Domo de Araguainha (MT/GO), Riachão (MA), Serra da Cangalha (TO), Domo de Vargeão (SC) e Vista Alegre (PR). Uma sexta cratera em potencial encontra-se em estudo pelo grupo de Alvaro Crósta: a de Cerro Jarau, situada na divisa entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai.
Um detalhe em relação às crateras de Vargeão e de Vista Alegre, é que ambas foram formadas sobre os basaltos da Formação Serra Geral e estão separadas por apenas 100 quilômetros de distância. Isto sugere que elas podem ser “gêmeas”, formadas por um mesmo corpo celeste que se dividiu ao entrar na atmosfera.
Fonte: http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/abril2009/ju426_pag05.php (15/05/2010)

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

METEORITO RARO ESTÁ EXPOSTO EM AMETISTA DO SUL/RS

Em 2011, alunos do clube de astronomia, juntamente com outros alunos do HC, coordenados pelo professor José Marcos e acompanhados por outros professores e pais estiveram em Ametista do Sul/RS. Para a equipe, entre outras coriosidades da excursão científica, estava a oportunidade de conhecer um meteorito raro, exposto no AMETISTA PARQUE MUSEU, a descrição abaixo caracteriza melhor a importância desse material para a comunidade científica. Trata-se de um meteorito do tipo SIDERITO, é raro já que apenas 5% do total de meteoritos são dessa classe. Segundo pesquisadores das Universidades Federais do Rio Grande do Sul (UFRGS) e Santa Maria (UFSM), a pedra já pertenceu ao centro de alguma estrela ou planeta que explodiu a muito tempo. O meteorito foi encontrado no município de Arvorezinha/RS, no dia 16/07/2009.